Outras duas obras do Programa Água para Todos foram entregues à população neste sábado (24). O governador Jaques Wagner fez questão de ir pessoalmente às comunidades de Bazuá e Quixaba no município de Sento Sé e no arraial de Lagoa da Pedra, na cidade de Pilão Arcado, oeste baiano. Os municípios integram o semi-árido na região do São Francisco.
Nas comunidades de Sento Sé, mais de três mil habitantes foram beneficiados passando a receber água encanada e potável, captada no Lago do Sobradinho e contando com quatro adutoras. Os reservatórios têm capacidade superior a 300 mil litros, com dupla filtração e distribuição feita por mais de 12 km de rede.
Já nas 14 comunidades de Pilão Arcado - entre elas Lagoa da Pedra, Melancia, Canastro e Valentim - a água é captada de um poço perfurado pela Companhia de Engenharia Ambiental da Bahia (Cerb), sendo levada a uma adutora e distribuída para 260 casas, com uso de mais 40 km de tubos para encanamento.
Como por natureza a água do poço não é apropriada para o uso, o sistema conta ainda com uma unidade de tratamento que consiste na transformação de sal com água em cloro, que automaticamente é dosado para a água encanada. Trata-se de um processo químico de baixo custo, conhecido como eletrólise.
Bem supremo
Para o aposentado Carmelino Ribeiro, 77, da comunidade de Valentim, a obra facilita em muito a vida na localidade. "Antes até tínhamos água para beber e cozinhar, que armazenávamos nas cisternas, quem tinha, mas em tempo de seca prolongada e para outras necessidades íamos buscar na pequena barragem aqui próxima. Quando a barragem estava vazia tínhamos que cavá-la em cacimbas para ter alguma água. Dava muito trabalho."
Disso não tem dúvida a dona de casa Dicélia Alves de Oliveira, 45, moradora de Lagoa da Pedra. "Era um sofrimento danado carregar água em lata na cabeça para lavar pratos, lavar roupa, agora é bem melhor".
Na visita aos municípios, o governador ressaltou esse aspecto. "Para os que já estão acostumadas com a vida nas cidades, água não parece um problema, mas água é fonte de tudo e em lugares distantes o acesso é muitas vezes complicado, por isso o Estado tem que se fazer presente para oferecer este bem supremo a todos".
Wagner ressaltou ainda que instruiu a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) a não se amarrar a viabilidade econômica para oferecer o serviço. "O acesso à água não pode estar condicionado estritamente a aspectos econômicos. É preciso suprimir essa perspectiva".
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